Linguagens: formas sociais de comunicação e de significação. Sistemas de
produção de sentido.
Linguagens não verbais: também se constituem e m s istemas sociais e
históricos de representação do mundo.
Semiose: processo no qual o signo tem um efeito cognitivo sobre o
intérprete (significação).
Semiose ilimitada: processo contínuo de associação de idéias. Cada
pensamento dirige-se a outro. Esse processo contínuo só pode ser interrompido,
mas nunca finalizado.
Processo de significação: relacionado com experiências vividas
(repertório/amplitude → percepção).
Semiótica: ciência de toda e qualquer linguagem. Tem por objeto a
investigação de todas as linguagens: o exame dos modos de constituição de
qualquer fenômeno como produtor de significação e sentido.
Categórias do pensamento de Peirce: formas como os fenômemos aparecem
consciência.
Primeiridade: sensação / possibilidade
• Sentimento imediato e presente das coisas.
• Primeiras impressões percebidas pelos nossos sentidos a partir do contato com
o mundo.
• Ausência de análise.
• Sentimento antes da reflexão.
Secundidade: qualidade
• O fenômeno primeiro é relacionado com um segundo fenômeno qualquer.
• Força da inerência do primeiro fenômeno no sujeito.
* Inerência: o que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou
pessoa.
Terceiridade: julgamento
• O fenômeno segundo é relacionado a um terceiro.
• Associação de idéias.
• Representação, interpretação.
• Mediação, pensamento em signos.
Signo: algo que; sob certos aspectos ou de algum modo, representa alguma
coisa para alguém. Algo que se percebe (cores, formas, temperaturas, sons) e a
que se dá uma significação.
• é algo que representa outra coisa seu objeto.
• o signo só pode representar esse objeto de um certo modo e numa certa
capacidade (ex: a palavra casa, a pintura de uma casa, o desenho de uma casa, a
fotografia· de uma casa, o esboço de uma casa, um filme de uma casa, a planta
baixa de uma casa , a maquete de uma casa, o olhar para uma casa, são todos
signos do objeto casa).
• o signo tem sua existência na mente do receptor e não no mundo exterior: nada
é signo se não é interpretado como signo.
• interpretação de um signo: processo dinâmico na mente do receptor, no qual o
signo tem um efeito cognitivo sobre o intérprete (semiose).
Relação triádica do signo (Peirce):
Representamen: face perceptível do signo.
Objeto: o que ele representa.
Interpretante: o que ele significa.
* O representamen é o primeiro que se relaciona a um segundo, denominado objeto,
capaz de detern1inar um terceiro, chamado interpretante.
* O interpretante não é o intérprete do signo, e sim o processo relacional que
se cria na mente do intérprete (significado).
O signo em relação ao objeto pode estar como:
• ícone: possui alguma semelhança ou analogia como objeto
representado.
Ex: o retrato de uma pessoa, a fotografia de uma flor, a escultura de uma
mulher.
• lndice: indica uma coisa com a qual está factualmente conectado
(relações de causalidade).
Ex: o girassol é um índice, pois aponta para o lugar do sol no céu; rastros,
pegadas e resíduos são índices de algo que passou; qualquer produto do fazer
humano é um índice do modo como foi produzido, a fumaça é índice de fogo, nuvens
negras são índice de chuva.
• símbolo: corresponde à classe dos signos que mantém uma relação de
convenção com o seu objeto. Ex: as palavras, a pomba da paz, o verde como
esperança, um brasão ou uma insígnia, a bandeira de um país.
Referências Bibiográficas:
Joly, Martine (1996).Introdução à análise da imagem. Campinas, SP: Papirus.
Nõth, Winfried (1995). Panorama da Semlótica: De Platão a Peirce.
São .Paulo: Annablume.
Santaelia, Lúcia (1983). O Que é Semiótica. São Paulo:
Brasiliense.
Fonte: Material da disciplina de Semiótica do Design, da prof.ª Marinês Ribeiro
dos Santos, do curso CST em Artes Gráficas do CEFET-PR no ano de 2003.