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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Panorama sobre preços

ONTEM preço = custo de produção
HOJE preço = valor ao cliente

RECEITA: preço unitário médio x quantidade vendida

LUCRO: receita - custo total


QUANTO VALE?

O valor percebido do produto varia dependendo do cliente.

Coca+ churros + água + milho = rodízio em Curitiba

PREÇO: É a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso de um produto.

Objetivos do preço:

1- segmentação e posicionamento: apoia r os esforços de posicionamento de produtos nos mercados- alvos.

Tênis Nike: alto valor, classe superior do produto, qualidade e prestigio e preço alto.
Tênis Olympikus: alto valor, classe média de produto, boa qualidade e preço razoável.
Especialista: preço alto, alto valor do serviço, qualidade e prestigio.
Dentista de Bairro: alto valor, boa qualidade e preço razoável.
Estudante Universitário: alto valor, qualidade aceitável e preço baixo

2- Vendas e lucros: Obter os níveis desejados de vendas e alcançar o nível projetado de lucros.

3- Competitividade: Competir em termos de preço relativo ou participação de mercado.
Competitividade = Concorrentes

Preço compatível com a concorrência. (= Participação Mercado.) ex.: corsa
Preço abaixo da concorrência. (maior participação Mercado.) ex.: celta
Preço acima da concorrência. (menor participação Mercado.) ex.: gol

4- Sobrevivência: Possibilitar a sobrevivência de uma organização
Impossibilidade vendas maiores e Demanda Insuficiente = Tentativa de Sobrevivência
(Preços próximos ao do custo, ou até mesmo, inferiores! ) Exemplo: Períodos pós-sazonais.

Estimativas das demandas:
As estimativas são feitas utilizando a elasticidade-preço, fatores demográficos e psicológicos.

FATORES DEMOGRÁFICOS:
Quantos compradores existem, onde estão, seu nível de consumo e sua condição financeira.

FATORES PSICOLÓGICOS:
Precificação por prestígio , preços não arredondados e quanto os consumidores estão dispostos a pagar.

ELASTICIDADE DA DEMANDA:
Sensibilidade da demanda a mudanças no preço.

Determinando o custo:
Apesar do valor do produto ao cliente, o custo continua sendo muito importante.
Custo Fixo: Ocorrem independente da venda de um único produto.
Custo Variável: Eles são custos associados à fabricação de cada unidade de um produto.

Custo Variável + Fixo
ou seja
Entradas - Gastos de Reserva é igual.. .. ...... PONTO DE EQUILÍBRIO

É o total de produtos que devem ser vendidos para gerar receita sufici ente para cobrir os custos.

Estratégias de preço:


SKIMMING: usar preço alto e volume de oferta baixo. Muito lucro por unidade. Elevar custos iniciais para recuperar o custo de desenvolvimento.
EX.: carros de luxo, equipamentos de informática.
PENETRAÇÃO: Usar preços baixos e grande volume de oferta. Lucro pelo volume!
O preço iniciai pode ser baixo para induzir novos públicos-alvos a comprar.
EX.: carro popular, sucos Valle.

Tipos de abordagem:


Precificação baseado no custo:
— precificação por mark-up: Método que adiciona um percentual ao custo do produto para chegar a um preço de venda.
— precificação pela taxa de retorno: Envolve a determinação dos custos totais e a posterior adição de uma taxa de retorno desejada para determinar o preço de venda.

Precificação baseado na concorrência:
— precificação - concorrência: Os profissionais de marketing precisam conseguir igualar ou bater os preços dos concorrentes, bem como criar valor mais alto.
— precificação por licitação: O comprador pede a todo s os vendedores que apresentem um preço para o produto.

Precificação baseado no valor ao cliente
— preço por referência: Preço em relação ao qual os compradores co mpa ram o preço oferecido.
— por demanda regressiva: Fixar um preço começando pelo preço estimado que os consumidores estarão dispostos a pagar e somar margens de lucro para o varejo e o atacado.
— precificação pelo valor: Fixar preços de forma que o valor de troca seja mais alto do que o valor de troca dos concorrentes.

Ajustar preços:


Descontos:
Descontos por quantidade: Às vezes , uma quantid a de do produto pode ser vendida por preço menor do que a soma dos produtos individuais.
Descontos sazonais: Oferecer reduções de preço durante períodos de baixa demanda pode uniformizar o programa de produção. (turismo, vestuário)
Descontos comerciais: Os descontos são utilizados para compensar os revendedores pelas funções que estes desempenham.
Desconto de pagamento a vista: Incentivos podem ser ofere cidos para que o comprador pague a vista.
Abatimento por troca: O vendedor pode oferecer descontos aos compradores em troca de mercadorias e serviços.
Descontos promocionais: Preços mais baixos podem encorajar novos compradores a experimentar um produto.
Mercadorias isca: Um ou vários produtos numa loja podem ser vendidos a preço de custo ou abaixo do custo para es imular as vendas de outros produtos. A legalidade dessa prática varia de país para país e internamente aos países.

Ética na formação de preços:


Preços que confundem os clientes, levam-nos a comprar componentes que não necessitam ou induzem os clientes na crença de que a qualidade é melhor do que na verdade é, são eticamente questionáveis.
Conluio de preços: Acordos ilegais entre concorrentes para estabelecer o preço de um produto.
Precificação enganosa: Tática de estabelecer preços que enganam os clientes sobre a vantagem relativa de um preço de venda.
Discriminação de preços: Cobrar preços diferentes de clientes diferentes, independentes dos custos para o vendedor.
Precificação predatória: Método que envolve a fixação de preços muito baixos para prejudicar os concorrentes.
Dumping: Precificar um produto no mesmo nível ou abaixo de seus custos para ganhar fatia do mercado.
Isca e troca: Atrair os clientes com baixos preços em um produto e então desviálos para produtos mais caros.

Fonte: Material da disciplina de Marketing DI47E do CST de Artes Gráficas de 2003/2 do CEFET-PR da prof.ª Josiane Lazzaroto Riva

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Semiótica do Design

Linguagens: formas sociais de comunicação e de significação. Sistemas de produção de sentido.
Linguagens não verbais: também se constituem e m s istemas sociais e históricos de representação do mundo.
Semiose: processo no qual o signo tem um efeito cognitivo sobre o intérprete (significação).
Semiose ilimitada: processo contínuo de associação de idéias. Cada pensamento dirige-se a outro. Esse processo contínuo só pode ser interrompido, mas nunca finalizado.
Processo de significação: relacionado com experiências vividas (repertório/amplitude → percepção).
Semiótica: ciência de toda e qualquer linguagem. Tem por objeto a investigação de todas as linguagens: o exame dos modos de constituição de qualquer fenômeno como produtor de significação e sentido.
Categórias do pensamento de Peirce: formas como os fenômemos aparecem consciência.

Primeiridade: sensação / possibilidade
• Sentimento imediato e presente das coisas.
• Primeiras impressões percebidas pelos nossos sentidos a partir do contato com o mundo.
• Ausência de análise.
• Sentimento antes da reflexão.

Secundidade: qualidade
• O fenômeno primeiro é relacionado com um segundo fenômeno qualquer.
• Força da inerência do primeiro fenômeno no sujeito.
* Inerência: o que está por natureza inseparavelmente ligado a alguma coisa ou pessoa.

Terceiridade: julgamento
• O fenômeno segundo é relacionado a um terceiro.
• Associação de idéias.
• Representação, interpretação.
• Mediação, pensamento em signos.

Signo: algo que; sob certos aspectos ou de algum modo, representa alguma coisa para alguém. Algo que se percebe (cores, formas, temperaturas, sons) e a que se dá uma significação.
• é algo que representa outra coisa seu objeto.
• o signo só pode representar esse objeto de um certo modo e numa certa capacidade (ex: a palavra casa, a pintura de uma casa, o desenho de uma casa, a fotografia· de uma casa, o esboço de uma casa, um filme de uma casa, a planta baixa de uma casa , a maquete de uma casa, o olhar para uma casa, são todos signos do objeto casa).
• o signo tem sua existência na mente do receptor e não no mundo exterior: nada é signo se não é interpretado como signo.
• interpretação de um signo: processo dinâmico na mente do receptor, no qual o signo tem um efeito cognitivo sobre o intérprete (semiose).

Relação triádica do signo (Peirce):
Representamen: face perceptível do signo.
Objeto: o que ele representa.
Interpretante: o que ele significa.
* O representamen é o primeiro que se relaciona a um segundo, denominado objeto, capaz de detern1inar um terceiro, chamado interpretante.
* O interpretante não é o intérprete do signo, e sim o processo relacional que se cria na mente do intérprete (significado).

O signo em relação ao objeto pode estar como:
• ícone: possui alguma semelhança ou analogia como objeto representado.
Ex: o retrato de uma pessoa, a fotografia de uma flor, a escultura de uma mulher.
• lndice: indica uma coisa com a qual está factualmente conectado (relações de causalidade).
Ex: o girassol é um índice, pois aponta para o lugar do sol no céu; rastros, pegadas e resíduos são índices de algo que passou; qualquer produto do fazer humano é um índice do modo como foi produzido, a fumaça é índice de fogo, nuvens negras são índice de chuva.
• símbolo: corresponde à classe dos signos que mantém uma relação de convenção com o seu objeto. Ex: as palavras, a pomba da paz, o verde como esperança, um brasão ou uma insígnia, a bandeira de um país.

Referências Bibiográficas:
Joly, Martine (1996).Introdução à análise da imagem. Campinas, SP: Papirus.
Nõth, Winfried (1995). Panorama da Semlótica: De Platão a Peirce. São .Paulo: Annablume.
Santaelia, Lúcia (1983). O Que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense.

Fonte: Material da disciplina de Semiótica do Design, da prof.ª Marinês Ribeiro dos Santos, do curso CST em Artes Gráficas do CEFET-PR no ano de 2003.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Níveis do signo

O signo pode ser visto como uma relação triádica na qual algo (um sinal ou representamen) faz referência a outro algo (objeto), que significa alguma coisa (interpretante) para algo ou alguém que o interprete.

O signo pode ser analisado em sua função de transmissor (sinal), indicador (sinal + objeto) e significado (sinal + objeto + interpretante). As relações envolvendo os três fatores (sinal, objeto e interpretante) definem as dimensões sintática, semântica(1) e pragmática do processo sígnico.

Charles Morris. no livro Fundamentos da Teoria dos Signos, de 1938, desenvolveu uma teoria semiótica a partir do modelo triádico de Charles Peirce e fixou o vocabulário que designa os principais ramos da semiótica, a sintática, a semântica e a pragmática. Para Morris, o modelo triádico do signo compõe-se de veiculo (o sinal, no modelo acima), designatum (um designatum não é uma coisa, mas uma espécie de objeto ou uma classe de objetos; objeto, no modelo acima) e interpretante.

A relação dos signos entre si chama-se dimensão sintática; à relação entre os signos e os objetos por eles representados chama-se dimensão semântica; à relação do signo com seu interpretante chama-se dimensão pragmática. Assim, a sintaxe é o estudo das relações entre os signos, a semântica é o estudo da relação entre signos e seus designata e a pragmática é o estudo da relação entre signos e seus intérpretes. (2)

Em resumo: 

1 . Dimensão Sintática - forma
Domínio da informação estética, onde as características formais, materiais e os meios emprestam singularidade ao signo. Diz respeito às relações formais dos signos entre si, sua estrutura, modo de relacionamento e possível combinações.
Está em nível de representação.

2. Dimensão semântica - conteúdo
Domínio do conteúdo, diz respeito às relações de significado entre signo e referente, normalmente descritas por conjuntos de regras (arbitrárias e/ou convencionais).
Ancorado ao nível sintático, permite a análise de relações entre os signos e seus respectivos significados.
Está em nível de significação direta.

3. Dimensão pragmática - processo relacional
Dimensão do significado na produção de sentido e significado para o usuário/intérprete, estuda o valor dos signos para quem os utiliza, o modo de utilização e as reações advindas do uso. Diz respeito à relação de sinais e objetos com seus interpretantes, ou seja: o intérprete conhece as regras que permitem entender as relações entre sinais (sintaxe) e as destes com seus objetos (semântica).
Está em nível de significados indiretos de um signo em relação a seu objeto, com ênfase no contexto espaço-temporal e cultural.

(1) Em uso corrente, a Semântica é a disciplina que estuda os significados, abrangendo também o
nível pragmático
(2) Ler os textos: "A semiose e a divisão da semiótica em sintaxe, semântica e pragmática", de Antônio Fidalgo; trecho do livro "Aulas", de Roti Turin.

Sugestão para leituras:
COELHO, J. T. Semiótica, informação e comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1999.
DONDIS, Donis. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997
GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo: Escrituras, 2000.
JOLY. Martine. Introdução a análise da Imagem. Campinas: Papirus, 1996.
PIGNATARI, Decio. Informação. Linguagem. Comunicação. São Paulo: Perspectiva, 1977.
RAMALHO e OLIVEIRA, Sandra. Imagem também se li. São Paulo: Rosari, 2005.

Referências:
Material disciplina Semiótica do Design do curso de Bacharelado em Design, 2010, prof.ª Lais Licheski.